Projeto se estenderá para terminais multicarga, grãos, líquidos e fertilizantes, nos estados do Pará e Paraná
A TRX Infraestrutura, unidade de negócios da brasileira TRX, atualmente responsável pela gestão de ativos reais da ordem de R$ 5,2 bilhões, no mercado de real estate, lançou o TRX Infraestrutura FIP II, cujo foco é captar R$250 mi para investimentos em terminais portuários de líquidos, grãos e cargas, no Pará e Paraná. Com seu primeiro fundo, o TRX Infraestrutura I, lançado em março deste ano, foram captados R$40 milhões, para investimentos no terminal de fertilizantes em São Francisco do Sul, Santa Catarina.
Julio Zogbi, diretor da TRX Infraestrutura, define a unidade de negócios como uma iniciativa ambiciosa, característica das ações da TRX, que acaba de completar sete anos, como um dos principais players no mercado de ativos imobiliários. “Nossa unidade representa 15% dentro do portfólio da empresa e 30% do total que chamamos novos negócios, oferecemos soluções sob medida para grandes empresas, criamos valores via desenvolvimento e financiamento de ativos reais; e por meio de nossos projetos transformamos esses ativos em empresas bem administradas, um exemplo são os projetos em andamento, que ao todo somam mais de R$500 mi”.
Para Zogbi, a implantação de conexões e terminais intermodais e estrutura de cabotagem modernas são prioridade quando se trata de um país com uma extensão como a do Brasil, que atualmente conta com menos de 10% do número de terminais intermodais, se comparado aos Estados Unidos. “A necessidade vigente e o espaço para investimentos em portos, com o retorno que esse setor irá trazer para o país a médio e longo prazo, é o que norteia nossas estratégias no posicionamento em ativos de logísticas com barreiras”, diz o executivo.
Os quatro projetos em andamento geridos pela TRX Infraestrutura estão, no Pará – multicarga, com área de 260.000 m² e capacidade estimada de 49.503 m², Paraná – terminal de grãos, líquidos, com área de 49.500 m² e capacidade estimada de 92.500 m³, Paraná – terminal de grãos, grãos, com área de 13.900 m² e capacidade estimada de 100.000 ton e Santa Catarina, terminal de fertilizantes com área de 60.000 m² e capacidade estimada de 60.000 ton.
Sobre o atual momento que o país atravessa, a empresa estima que essa seja uma fase cíclica e está positiva diante dos próximos anos “Dentre os setores que buscamos no Brasil que dá certo, está o de grãos que cresceu 8,6% em 2015, o de fertilizantes que são insumos para grãos e o de derivados de combustíveis em que os novos ofertantes ditarão o mercado quando a crise passar”, diz Julio.
Julio Zogbi
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Sócio do Grupo TRX e diretor da TRX Infraestrutura, Julio Zogbi é responsável pela unidade de infraestrutura na TRX. Possui 15 anos de experiência em gerenciamento em investimentos em São Paulo e Londres, Inglaterra. Em 2013 e 2014 foi sócio do Banco Indusval & Partners, responsável pelos setores, bonds, high yield e securitização. Antes disso foi diretor por três anos, na Vinci Partners" Infrastructure Fund Mezzanine, onde participou da captação de recursos de R $ 1,2 bilhões de em fundos, com lançamento e execução de seis investimentos estratéticos. Anterior a Vinci Partners foi diretor de private equity na Pentagon Capital Management durante quatro anos, responsável pela criação e gerenciamento de híbridos e investimentos equity, assim como membro do conselho de empresas parte do investimento da Pentagon Capital Management. Julio foi ainda integrante da equipe de operações de alavancagem do Lehman Brothers e co -fundador da Econergy (uma empresa privada de energia alternativa com ações cotadas na LSE, comprados pela GDF Suez Energy). Por fim, iniciou sua carreira como analista da PepsiCo em 1999. Julio Zogbi é formado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e MBA em pela Harvard Business School, Boston, EUA. |